uem tem passeado na rua, pelo Porto e Lisboa, pode ter-se cruzado com a nova (ou primeira) campanha da Coverflex em Portugal. Cada uma realça um facto inacreditável - mas verdade.
E para os mais céticos, curiosos ou preguiçosos (porque isto estava tudo à distância de uma pesquisa no Google) deixamos aqui os factos, e as fontes.
1. Podem chover diamantes em Neptuno
Parece incrível, mas é (hipoteticamente) verdade. Hipoteticamente no sentido de que ainda não foi provado, mas é o consenso da comunidade astrofísica. Menos hipotética é a dificuldade que um Brand Executive que não pega num livro de física há uns bons 20 anos tem para explicar isto.
Essencialmente, Neptuno tem uma camada de gelo muito densa na atmosfera, temperaturas muito altas, uma coisa condensa a outra e formam-se diamantes no coração do planeta - que depois acabam a ser expelidos e chovem sobre a superfície deste Gigante Azul.
Está aqui um bom resumo deste processo, mas quem quiser ler o texto original tem de procurar um artigo entitulado “The Ice Layer of Uranus and Neptune—Diamonds in the Sky?” de Marvin Ross (na Revista Nature, em 1981).
2. Há um restaurante gourmet na Antártida
Parece incrível, mas é (tecnicamente) verdade. Não dá para ligares para lá a marcar mesa (como a nossa igualmente incrível Country Manager tentou).
Contado pela Food and Wine, e também pela Vice, na estação de Concordia está permanentemente uma equipa de cientistas. E, como é um projeto Franco-Italiano (leia-se, um projeto partilhado entre dois países que levam a gastronomia muito a sério), diz-se que a cantina do Concordia é equiparável a alguns dos melhores restaurantes no mundo. Eu não tenho a certeza se o facto de ser a única não inflacionará um pouco o valor de quem faz estas avaliações (ou será que, ao fim de quatro meses a comer no mesmo sítio, até um ravioli com redução de Champagne com pérolas de azeite trufado e um ovo de faisão leva um 3/10 no Yelp?).
3. Dá para transformar manteiga de amendoim em diamantes
Parece incrível, mas é (bem cientificamente) verdade. Uma equipa de cientistas da Bayerisches Geoinstitut (tive de fazer copy paste, nem vou tentar de outra forma) tem experimentado várias formas de produzir diamantes em laboratório e, conta a BBC, uma delas é através de amendoins.
Agora, pessoas como eu ficam meio confusas com esta experiência.
Para quê estragar manteiga de amendoim para fazer diamantes?
Desculpem a honestidade mas, como um diamante, a verdade pode ser difícil de engolir.
4. Alfaces já foram plantadas, colhidas e comidas no espaço
Parece incrível, mas é (desde 2017) verdade.
Para quem sonha com colonizar Marte, como a marmita-humana Elon Musk, conseguir produzir comida in loco é um passo essencial. Passo esse que já foi dado na Estação Espacial Internacional (ISS) um número considerável de vezes.
Podemos ler mais sobre estes esforços no site da NASA, onde está descrito que também já foram colhidas e comidas outras espécies, como as Couves Chinesas. Más notícias para quem queria ir viver para o espaço antes de este ser gentrificado: outra das espécies a crescer na ISS é Kale.
5. É possível construir um elevador daqui até à lua
Parece incrível, mas é (teoricamente) verdade. Agora, convém explicar que não é propriamente o elevador de um prédio Lisboeta, com lagartas e uma papel amarelado onde se vê que a última inspeção foi em meados de 2003.
Descrito como o futuro das viagens lunares, este elevador consistiria num cabo extremamente comprido que seria ancorado à lua e ficaria a uns 321.000km da superfície da terra (se o Google estiver a fazer bem as contas), onde estaria uma plataforma. Bastaria chegar a essa plataforma com uma aeronave (sempre quis escrever esta palavra, não vou mentir), e depois robôs conseguiriam transportar o que fosse preciso até à lua, subindo pelo cabo acima.
Todas as tecnologias para isto já existem e, de acordo com os cientistas que fizeram estes planos, “apenas” custaria mil milhões de dólares para tornar realidade.
Muito dinheiro para alguns - mas não para os gazilionários que estão a liderar a corrida ao espaço.
6. A Coverflex fez mesmo uma campanha sobre estas coisas?
Parece incrível, mas é (felizmente) verdade. "Porquê?", perguntam vocês, como eu confesso também me perguntei duas ou três noites em branco antes de a campanha ir para o ar.
O insight que nos inspirou partiu do nosso produto mais básico: numa categoria onde já todos tivemos más experiências, um cartão refeição que funciona mesmo e funciona praticamente em todo o lado parece quase bom demais para ser verdade.
E depois, quando se começa a ver tudo o resto que se pode fazer com Coverflex - investir em PPRs, comprar medicamentos na farmácia, pagar aulas de box, um lar para os pais ou creche para os filhos (apesar de eu ainda não ter conseguido usar nenhuma destas últimas duas), - pode não ser inacreditável, mas é incrível.
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